Qualquer atividade sem uma cultura organizacional sólida e difundida entre os seus membros navega à deriva, ao sabor das imprevisibilidades e eventualidades. Espaços dos mais variados segmentos já entenderam há tempos que, sem esse leme estrutural, o trabalho do time está fadado a turbulências e fracassos.
Todo esse arcabouço já é amplamente conhecido por instituições empresariais, mas e a escola? Como lida com tudo isso? Ainda há muito o que avançar na área da educação. A cultura organizacional nos estabelecimentos de ensino tem como principal desafio manejar um contexto complexo e heterogêneo. Há interesses diversos que podem se chocar entre si, como comunidade escolar, corpo docente, corpo discente, equipe pedagógica…
Sem uma rotina que priorize a troca de experiências, os diálogos e a identificação de problemas, o organismo está sujeito a uma relação caótica e desestruturada. E esse é só um dos problemas. Há vários outros a se abordar.
No livro “O Novo Código da Cultura”, os pesquisadores José Salibi Neto e Sandro Magaldi enfatizam que, ao lado de negócios (e estratégia) e de liderança (e gestão de pessoas), a cultura forma o tripé condutor do resultado da organização. Ela determina como será a vivência no ambiente interno e fomenta a inovação dos profissionais, o cumprimento de regras, a cobrança por performance, o grau dessa exigência… Artefatos e criações (linguagem, arquitetura, tecnologia, objetos decorativos, vestuários e as cerimônias observadas); crenças e valores (filosofias, estratégias e metas, pressupostos básicos); e premissa (crenças inconscientes e inquestionáveis) compõem a bússola da cultura organizacional. As escolas também precisam estar atentas a essa lição.
Autor: Silvio Panteleão
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