As quatro fases do aprendizado: o passo a passo do encanto até o conhecimento
Da ignorância à maestria do saber, da partida ao destino, a viagem rumo ao conhecimento tem de ser fascinante para o aluno para que as turbulências no meio do caminho não o desestimulem a avançar. Você conhece as quatro fases do aprendizado e os desafios e encantos em cada uma delas? O progresso tem nome: persistência.
Estágio 1: incompetência inconsciente (não sabemos o que não sabemos). É a etapa primitiva. Aqui nem se tem conhecimento que aquele conhecimento exista, tampouco o que ele pode proporcionar para o crescimento. Para que o próximo estágio seja alcançado, é preciso que o indivíduo então reconheça a incompetência referente àquela nova habilidade a ser desenvolvida e passe a valorizá-la. No caso dos educadores, saber anunciar a necessidade de um novo aprendizado e promover o encantamento sobre ele fará diferença na caminhada. Introduzir os conteúdos de forma não traumática e sim positiva, mostrando as vantagens de sua aplicabilidade representa um forte insight.
Estágio 2: incompetência consciente (sabemos que não sabemos). Aqui a descoberta já foi feita. Os olhos já veem que um desafio está à frente. As cartas já estão na mesa: é preciso se dedicar para aprender o conhecimento que se quer adquirir. Por isso é uma etapa bastante delicada. Hora dos primeiros exercícios, das sequências de tentativa e erro (dos vários erros que virão). São as falhas que levam ao aprendizado. Manter o aluno motivado para que não desista nos primeiros desacertos é fundamental.
Estágio 3: competência consciente (sabemos que sabemos). O caminho das pedras já foi aprendido e percorrido. Sabe-se o quê, por quê, como fazer. As novas habilidades adquiridas na fase etapa anterior já são executadas, mas não com tanta agilidade e excelência. O ritmo do passo a passo ainda é devagar. É a etapa tida como mais fácil e motivadora, pois os primeiros resultados começam a aparecer. Tarefas que vão elevando gradativamente o nível de dificuldade, sem impor obstáculos de árdua superação logo de início, são bem-vindas. A cada desafio vencido, um incentivo, para que o “game over” nunca venha e interrompa o jogo do aprendizado.
Estágio 4: competência inconsciente (sabemos que sabemos, e com maestria). Aqui a atividade já é feita com perícia. A execução se dá de forma praticamente orgânica, ligeira, tal qual um jogador de videogame já habituado à fase mais difícil do desafio. A tarefa, o exercício, a lição foi feita inúmeras vezes. Ainda assim, como a prática leva ao aperfeiçoamento contínuo, não podemos esquecer a relevância da educação continuada. A partir dela, é possível desenvolver novos conhecimentos e reforçar o que já se conhece constantemente.
São recompensadores os avanços no processo, da primeira até a última etapa. Em todas elas, pequenas vitórias podem pontuar a passagem. Dinâmicas em grupo, com a descoberta simultânea entre os alunos, cada um sendo protagonista de sua própria trajetória, são capazes de levar o estudante bem longe. A consciência de saber o que não se sabe e querer saber pavimenta a trilha para o novo conhecimento. Disso nós sabemos.
Autor: Silvio Panteleão
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