Assim como o corpo, a mente precisa estar descansada para render bem e enfrentar um novo ciclo de esforço. Mente sã, aprendizado mais potente, intelecto mais preparado. Nesse reação em cadeia, além das técnicas pedagógicas e da performance individual do estudante, um fator desponta com um papel essencial: o sono.
Pesquisas vêm demonstrando que noites maldormidas atrapalham o rendimento dos alunos. Isso porque é durante o sono que o organismo consegue promover não apenas a recuperação dos tecidos e o crescimento muscular, mas também a produção eficiente das proteínas responsáveis pelas conexões neurais e pela reposição de neurotransmissores, que exercem função fundamental para o aprendizado e a memória, como apontou um estudo da Universidade de Lubeck, na Alemanha.
A má qualidade das horas noturnas de descanso compromete a capacidade cognitiva ao dia. O alerta é ainda mais profundo: a restrição do sono entre os mais jovens vem sendo vinculada a problemas de disfunção neuropsicológica e dificuldades de concentração.
Essa conjuntura exige empenho coletivo que deve despertar o cuidado dos pais e responsáveis pelos alunos e do corpo docente. Ter uma rotina obedecendo ao cumprimento dos horários é importante, para evitar madrugadas em atividade e manhãs sem estímulos. Limitar o uso de computadores à noite e outras telas torna-se um relevante aliado nessa tarefa. Do lado dos educadores, o caminho paliativo contra a sonolência em sala de aula pode ser propor dinâmicas mais interativas, que requerem a participação dos estudantes. Para uma solução no longo prazo, é preciso informar os pais sobre a dificuldade que o filho vem apresentando e traçar um plano em conjunto. Fica o recado: devemos estar bem acordados para essa realidade.
Autor: Silvio Panteleão
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